22 de Dezembro de 2003. Luís, espírita, médium, vai a conduzir a sua viatura. Enquanto conduz, apercebe-se de um doce envolvimento espiritual. Uma senhora quer transmitir-lhe uma mensagem para uma amiga. Não estamos perante um episódio de um filme de Hollywood, mas sim de uma caso verídico acontecido nas Caldas da Rainha.
Naquela tarde de 22 de Dezembro, Luís, após os seus afazeres profissionais e antes de retornar ao lar onde reencontraria a esposa e os seus filhos, conduz a sua viatura pelas ruas estreitas de Caldas da Rainha. Não encontra lugar para estacionar, e dado o adiantado da hora, decide voltar a casa. Repentinamente, sente um doce envolvimento que o faz sentir-se «nas nuvens» uma espécie de êxtase. Sendo espírita, e tendo algumas características mediúnicas (é médium), agradece mentalmente a quem o estava a envolver em tão agradáveis vibrações. Atribuiu essas sensações agradáveis talvez ao ambiente natalício que já se vivia. Mas, o envolvimento vai avançando, e nota a presença de uma senhora desconhecida, muito calma, tranquila, serena, com uma doçura contagiante que lhe pede que entregue uma mensagem a uma amiga sua.
Conversam mentalmente.
Luís pede-lhe que lhe dê a mensagem em sua casa, dentro de minutos, pois vai a conduzir.
O envolvimento mantém-se.
Chegado à sua residência, toma nota num pedaço de papel o singelo recado: «Carolina, lembra-te, quando a noite da solidão ameaçar adentrar-se no teu íntimo, que existe mais uma estrela no céu, a brilhar e a iluminar o teu caminho. Aurora»
O Espírito que assinara como Aurora, referia-se a um senhor, amigo do Luís, que falecera em Novembro desse ano, deixando a esposa em profunda tristeza. Um cancro fulminante aparecera como que por encanto, e em 3 meses essa pessoa falecera, partindo para o mundo espiritual.
O Espírito Aurora procurava assim transmitir à viúva, uma mensagem de tranquilidade quanto ao destino do falecido marido. O médium Luís, pensava que Aurora fosse algum familiar falecido de um dos elementos do casal, quiçá uma mãe ou avó.
Guardou a mensagem sem grande coragem de telefonar à viúva, pessoa muito culta e que ele não saberia como reagiria, nem se a mensagem seria condizente com a realidade.
Os casos de manifestações espontâneas de Espíritos
são uma das maiores evidências da imortalidade do Espírito.
No dia de Natal, ganhou coragem e resolveu telefonar, esclarecendo todos os pormenores, como era o espírito da Aurora, como se apresentara. Facilmente a viúva identificou como sendo uma amiga sua e do falecido marido, amiga muito querida, falecida há cerca de três anos, também com um cancro.
Luís, médium, não conhecia nada da vida deste casal, muito menos das suas relações familiares, quanto mais das relações de amizade, já que este casal habitava em Lisboa.
A Doutrina Espírita, denomina estes casos de manifestações espontâneas de Espíritos, e os cientistas não espíritas apelidam-nos de casos de “DROP IN”.
Cada vez mais cientistas, pesquisadores, médicos (portugueses e estrangeiros), se vão adentrando nos meandros lógicos e racionais da Doutrina Espírita, no seu tríplice aspecto de ciência de observação, filosofia e moral, em busca de um sentido holístico para a vida.
As comunicações espíritas espontâneas, são uma das maiores evidências da imortalidade do Espírito, de que este caso é apenas um simples exemplo, se comparado com milhares de casos pelo mundo fora, muito deles muito mais ricos em detalhes comprovados, que os médiuns não poderiam saber de forma alguma, como no caso em pauta.
A Doutrina Espírita (ou Espiritismo) afigura-se como um portal para novos conceitos existenciais para a humanidade, abrindo-lhe perspectivas para uma existência mais simples, feliz e realizada.
Bibliografia:
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos
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dezembro 02, 2009
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