Liguei a televisão, estava a dar o noticiário, havia algo de diferente, apesar dos tradicionais exageros das desgraças alheias a que estamos habituados. O caso era mais sério, dramático mesmo. O fogo, na maioria das vezes posto criminosamente, segundo opinião abalizada nos “media”, tinha destruído vasto património nacional bem como os bens de muitos particulares, incluindo casas, pertences e mesmo vidas humanas.
Liguei a televisão, estava a dar o noticiário, havia algo de diferente, apesar dos tradicionais exageros das desgraças alheias a que estamos habituados. O caso era mais sério, dramático mesmo. O fogo, na maioria das vezes posto criminosamente, segundo opinião abalizada nos “”, tinha destruído vasto património nacional bem como os bens de muitos particulares, incluindo casas, pertences e mesmo vidas humanas. Temos aprendido com a Doutrina Espírita (ou Espiritismo) as magnas leis da vida, entre as quais se encontra a lei de causa e efeito, que nos diz resumidamente que todos somos herdeiros do nosso destino e que a toda a acção corresponde uma reacção de sentido idêntico. Nesse sentido vemos aqui a assertiva ensinada por Jesus, quando dizia que «A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória» ou «A cada um segundo as sua obras».
Toda a acção positiva repercutir-se-á na nossa vida
bem como toda a atitude negativa nos afectará inapelavelmente,
pela lei de causa e efeito
Temos aprendido que a dissemelhança entre a felicidade e o sofrimento, a calma e a agitação, o bom e o mau, não são mais do que reflexos da aprendizagem que cada um já conseguiu na sua esteira evolutiva ao longo das vidas sucessivas. Assim sendo, toda a acção positiva repercutir-se-á na nossa vida bem como toda a atitude negativa nos afectará inapelavelmente, pela lei de causa e efeito. Interrogamo-nos muitas vezes porque uns sofrem mais do que outros, porque a uns acontecem tantas desgraças e a outros não, e mesmo não descartando a responsabilidade humana alheia que é sempre um factor a ponderar, não podemos deixar de ver aí a lei de causa e efeito em acção.
Meditando em torno dos tristes acontecimentos não pudemos deixar de sentir um arrepio ao pensar na responsabilidade que os incendiários têm, bem como na semeadura que estão a fazer para o seu futuro próximo e remoto. Se conseguem ludibriar as leis humanas, hoje, nunca conseguirão enganar a sua consciência, onde ficarão inapelavelmente marcados todos os crimes cometidos, nem tão pouco conseguirão fugir da lei de causa e efeito. Mais tarde ou mais cedo, esses seres, hoje iludidos com os valores efémeros da vida ou pela loucura, terão de se confrontar com os seus próprios crimes, com as suas próprias vítimas no mundo espiritual, e terão de resgatar todos os erros cometidos nesta reencarnação. Já no mundo espiritual, depois do falecimento do presente corpo físico, chorarão amargamente ao verificarem o erro de cálculo em que caíram quando pensavam que a vida se limitava aos curtos horizontes da existência terrestre. Rogarão voltar à Terra em nova reencarnação, para fugirem de si próprios, das sua reminiscências, para que assim possam recomeçar. Terão novas oportunidades reencarnatórias onde mais tarde ou mais cedo começarão a reparar os erros agora cometidos e que tanta desgraça atraíram. Como será esse resgaste doloroso? Não o sabemos, já que a divina providência dispõe de inúmeros meios para auxiliar o homem a libertar-se do seu passado delituoso.
«Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar tal é a lei»
Somente após o resgate desses erros, essas pessoas poderão estar de bem com a sua consciência continuando assim a sua evolução mas agora já sem o peso dos débitos contraídos com tão horroroso acto, como o de atear fogo às matas.
Não pudemos deixar de sentir também profunda pena desses seres, agora verdugos da humanidade, agora carrascos das actuais vítimas, mas amanhã vítimas deles próprios.
Não pudemos deixar de sentir profunda pena por atitudes tão infantis, de alguém que desconhece ainda as leis que regem a vida no planeta Terra.
Se eles soubessem da realidade da reencarnação (hoje uma evidência científica mundial), decerto não fariam o mesmo, teriam outros horizontes existenciais mais fraternos, mais humanistas, mais holísticos. Se eles soubessem que somos todos imortais, que somos donos do nosso destino, que carregamos na alma os acertos e os erros como bagagem intransferível, se eles soubessem que voltamos ao palco da vida (reencarnação) quantas vezes for necessário até que atinjamos o estado de pureza,... Ah! Se eles soubessem...!!!
Um dia saberão...
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dezembro 08, 2009
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