A morte morreu...


No 1º de Novembro, data em que se recordam os “mortos”, facilmente podemos concluir que a morte é uma quimera. Mais! A morte morreu e quem a matou, foi a lucidez, a fé raciocinada e o espírito científico, que o espiritismo veio trazer ao homem em 1857.

Estamos habituados a fazer o culto da morte, de tal modo este culto faz parte das nossas raízes culturais. Para muitos, é algo em que não se quer pensar, de tão tenebroso se afigura. Almeja-se viver o máximo possível, mesmo que sofrendo muito no corpo de carne. A morte apresenta-se como essa madrasta cruel que aparece quando menos se espera. Não poupa ninguém, e é menos compreendida quando engrossa o seu pecúlio com vidas na flor da idade. O desespero e a incompreensão apoderam-se então das pessoas, revoltando-se muitas vezes contra a Lei da Vida. Tais atitudes encontram justificação no desconhecimento das leis do mundo espiritual, descobertas, estudadas e evidenciadas desde há 140 anos, altura em que o espiritismo (ou doutrina espírita) as revelou, utilizando para tal o método científico. Acontece que, encontramo-nos de tal modo embrenhados na luta do quotidiano, que quase sempre não arranjamos tempo ou disposição para investigar ou interessarmo-nos pelo local que todos nós, indubitavelmente um dia reencontraremos - o mundo espiritual.

A vida continua, e é possível contactar os falecidos

Vivemos pois quais cegos, recusando-nos a ver aquilo que se torna evidente aos nossos olhos. Posteriormente, é o remorso do tempo perdido, e quase sempre, o desespero, aquando da perca de algum familiar.
Mas, que tem a ver com tudo isto o espiritismo, e o 1º de Novembro? É que o espiritismo prova-nos a continuidade da vida para além da morte do corpo físico, mostra-nos as evidências da realidade da reencarnação, bem como as regras de segurança para se poder comunicar com o mundo espiritual, sem sobressaltos. Os familiares que outrora se encontravam perdidos para sempre, em algum recanto do céu ou do purgatório, vem agora confabular connosco, dizer de suas alegrias ou tristezas de acordo com a sua postura interior, resultado das atitudes que teve na Terra, enquanto cá andava. Não mais aquelas perspectivas medonhas do céu beatífico ou do inferno eterno. Novas leis, racionais, compreensíveis e investigáveis se revelam agora, perante todos aqueles que as quiserem estudar. Vêm dizer-nos que a vida continua no “lado de lá”, tal como por aqui, com uma estrutura social, com cidades, com escolas, hospitais, oportunidades de crescimento intelectual e moral, onde novas perspectivas de realização terrena se vão conjecturando para futuras reencarnações. Nesse sentido, o espiritismo é o grande Consolador dos seres humanos, dando uma nova noção da vida, ampliando seus horizontes, fazendo com que as pessoas a entendam com perspectivas futuras radiosas e felizes, baseadas em factos palpáveis.
Por isso mesmo, não faz grande sentido a romaria anual aos cemitérios, nem tão pouco o alimentar das vaidades mundanas à custa dos falecidos, que se concretizam muitas vezes na maneira como os cemitérios são utilizados. Sabemos hoje que os falecidos apenas respondem aos nossos pensamentos, e com eles se afinizam no mal ou no bem. Sabemos que eles preferem que os recordemos em casa ou noutro local menos tétrico que o cemitério. Que ficam felizes quando nos lembramos deles com carinho e amor, independentemente de ser o 1º de Novembro ou outro dia qualquer. E que ficam tristes quando os esquecemos, sabendo avaliar muitas vezes da hipocrisia com que frequentemente os relembramos em público (para cumprir preceitos mundanos).

O espiritismo matou a morte

Nesse sentido, urge desvalorizar o ritual da morte, encarando-a como o despir (apenas isso) do corpo físico, em demanda de outras paragens, outros planos vibratórios em que a vida se manifesta, outras dimensões existenciais, tal como nós, na Terra abandonamos um casaco velho que usámos durante muito tempo e sem qualquer tipo de nostalgia, pois outro mais moderno e consentâneo com a época foi por nós adquirido.
É tempo de interiorização, arranjarmos tempo para nos esclarecermos um pouco acerca da grande viagem que todos encetaremos. Aliás, quem se aventura a viajar sem conhecer minimamente o roteiro, o percurso que passará?
Esse roteiro seguro está bem calcado nas obras de Allan Kardec - “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns” e outros, bem como nos livros de André Luiz, em especial o intitulado “E a vida continua”, livros esses que poderá adquirir em qualquer associação espírita, ou nas livrarias.
Artigos diversos
dezembro 08, 2009
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