«Um facto extraordinário ocorrido na região do mar Adriático, na Itália, entre as cidades de Ancona e Senigallia, movimentou a opinião pública italiana, chamando a atenção especialmente aos interessados na fenomenologia espírita.
O caso foi minuciosamente relatado pelo pesquisador Giuseppe Lenzi, num artigo publicado no jornal italiano “L’Aurora”.
O Dr. Lenzi, que também é autor de vários livros sobre fenómenos mediúnicos ocorridos dentro e fora de Itália, conta que um jovem de nome Carlo, regressava a casa de carro, já de madrugada, quando avistou à beira da mesma uma jovem acenando. Gentilmente o rapaz encostou o veículo e deu boleia à moça e, como ela dizia estará com muito frio, ele emprestou-lhe o seu casaco de cabedal.
Ao chegar a casa, no vilarejo de Ostra, perto do local do encontro, disse-lhe a moça que não se preocupasse pois iria devolver-lhe o casaco quando ele passasse por ali novamente, já que eram da mesma província.
Dois dias depois, acompanhado pela sua mãe, o jovem dirigiu-se à casa da rapariga, como combinado. Foi então que um senhor sisudo os recebeu à porta e ouvindo o relato disse tal ser impossível pois que a sua filha, de nome Serena, tinha morrido há quatro meses. Para prová-lo, o senhor mostrou-lhes um retrato da rapariga que foi imediatamente reconhecida pelo jovem.
Sem qualquer dúvida, Carlo insistiu na história.
Buscando clarear o assunto, o Senhor Mário – o rapaz sabia o seu nome pois a jovem o havia informado – convidou-os a irem ao cemitério. Chegando lá, abriu com a chave que somente ele possuía a capela mortuária da família onde repousavam os restos mortais da filha. Para surpresa dos três, lá estava também, sobre a campa, o casaco de cabedal do rapaz.
A jovem a quem dera boleia, tinha morrido quatro meses antes…
Como ocorre em localidades pequenas, o facto logo se tornou público, chegando às páginas dos jornais até à TV local, que efectuou uma reportagem detalhada a respeito.
Ao relatar o acontecido, o Dr. Lenzi revelou também o resultado de algumas investigações que fez a respeito. Constatou que o jovem Carlo, protagonista do episódio, é um excelente filho e respeitado cidadão onde reside; que Serena, a jovem, quando encarnada (isto é, no corpo de carne = viva) possuía faculdades mediúnicas de audiência, vidência, chegando em certas ocasiões a dialogar com a sua falecida mãe. Esta, revelara-lhe algo muito forte: que ela desencarnaria (faleceria) ainda jovem, em morte violenta, o que, de facto aconteceu nas proximidades da sua casa, ocasião em que, junto com o irmão, foi vítima de um acidente automóvel.
Casos como este, de factos mediúnicos comprovados,
vividos por pessoas alheias ao Espiritismo,
enriquecem as fontes informativas da doutrina espírita
Serena, desligada da matéria há quatro meses, encontra recursos que lhe possibilitam não só tornar-se visível ao jovem Carlo como também transportar o seu agasalho, o que vem afirmar a continuidade da vida, contribuindo assim para diminuir a descrença e o cepticismo de alguns, que, diante desses factos haverão de reflectir sobre a pujança da alma imortal.
Este caso relatado pelo Dr. Lenzi, intitulado “Gli chiese un passaggio fino a casa, poi lui seppe che era defunta” (E foi-lhe pedida uma boleia até casa, depois ele soube que ela era falecida), pode ser lido na íntegra na edição do número 517 do jornal “L’Aurora”, cujo endereço é Largo Pietà, 9 – 62032 Camerino – Macerata – Itália, telefone 0737-632401.»
Nota – artigo extraído do Boletim SEI, nº 1929, de 19 de Março de 2005, www.lfc.org.br/sei
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dezembro 08, 2009
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