Reencarnação: mito ou realidade? (VII)



Regressão de memória – parte II

Muitas pessoas portadoras de inibições, fobias, não conseguem levar uma vida normal, sentindo-se muitas vezes limitadas ao ponto de isso prejudicar fortemente a sua vida profissional, pessoal, familiar. A regressão de memória tem-se afirmado como uma boa solução para estes casos fóbicos agudos.

O Paulo era um caso desses. Com 30 anos, a partir de certa altura começou a ter, sem causa conhecida, problemas digestivos que eram de “ordem nervosa”, segundo os médicos. Derivado desses problemas digestivos fez toda uma panóplia de exames, sem que nada acusassem para além de uma simples gastrite duodenal, sem grande importância. No entanto, essa situação transformou-se num problema grave para ele, já que derivado dessas indisposições, começou a “ter receio” de comer, com “receio” de ficar mal disposto. Sem nunca ter tido alguma experiência nesta área, Paulo Jorge efectuou várias sessões de terapia, em que algumas eram de regressão de memória e outras de apoio.
«Foi uma experiência fascinante. Geralmente nós pensamos que nos conhecemos, mas somente depois de fazermos terapia é que vemos que afinal somos uns desconhecidos de nós próprios. O mais curioso é que pensamos que o nosso problema reside numa certa área emocional e posteriormente acabamos por nos depararmos com a evidência: o problema estava 180º, do outro lado. É como se tivéssemos um mecanismo de fuga, em que procuramos não “ver” os problemas que transportamos no íntimo».

A regressão de memória deve ser efectuada apenas por médicos e psicólogos que tenham formação específica nesta área.

Durante a regressão de memória, Paulo viu-se numa época tipo medieval, em que ia a cavalo, era forte, musculado e seguiam-no seis homens a cavalo, igualmente corpulentos, eram uma espécie de seus asseclas. Pararam numa espécie de taberna, onde eram habitués, uma taberna. Havia algazarra típica de gente bruta que eram, «bebíamos vinho em canecas grandes, metálicas e uma mulher franzina servia-nos a medo, cada vez que saía por detrás do seu “balcão”. Eu, sendo o “chefe” daquele grupo de arruaceiros, tinha o “privilégio” de a obrigar a fazer sexo comigo, ao que ela acedia, num compartimento contíguo, sem qualquer outra alternativa. Essa rapariga, na casa dos 25 a 30 anos era uma espécie de “coisa” que eu usava cada vez que lá ia. Ela temia-me muito e sempre que tentava fugia do meu contacto. Fulminava-me com o olhar embora o terror que eu lhe infundia a obrigasse a ceder-me aos caprichos.
Um dia ela envenenou-me, deve ter deitado algo na bebida, pois senti-me muito mal depois de beber um trago de vinho e comecei com fortes cólicas intestinais. Lembro-me de ter caído, de me rebolar com dores, de vomitar repetidamente e de olhar para ela como se lhe adivinhasse o acto criminoso. Ela estava com um olhar assustado, por trás do balcão de pedra, se calhar com medo que eu não morresse pois as consequências para ela seriam terríveis.
Entretanto vi-me noutra dimensão, fora do corpo, naquilo a que se costuma chamar o mundo espiritual, com a minha personalidade, a minha consciência, tentando agarrá-la sem conseguir, tentando esganá-la sem conseguir, enquanto via atónito os meus asseclas a tentarem reanimar-me e a arrastarem-me para fora».

A regressão de memória é uma das fortes evidências da
imortalidade da alma e da reencarnação.

Paralelamente Paulo vivenciou situações desta vida actual em que a sua mãe lhe dizia que «a comida de casa é que era boa», «que não comesse “porcarias” lá fora», «que tivesse cuidado com a alimentação», «que tivesse cuidado para que não ficasse mal disposto», o que acabou por ser um reforço da situação traumática que jazia activa no seu subconsciente. Hoje Paulo vive muito melhor, vive normalmente, come de tudo, tem prazer em comer, refere que ainda existe um ou outro factor que não conseguiu ultrapassar mas que já não o incomodam.
Entre muitos outros investigadores a nível mundial, o psicólogo Júlio Peres, numa parceria com a Divisão de Medicina Nuclear da Faculdade da Pensilvânia, descobriu que o lobo cerebral activado durante as regressões de memória não é o lobo frontal, (área accionada quando se fantasia) mas sim o lobo médio temporal, onde estão localizadas estruturas ligadas à emoção e à memória, o que é uma espécie de certificado de autenticidade das regressões.
Curiosamente, em Portugal, no ano de 2003, existia um programa na televisão que explorava esta técnica como sendo mais uma oportunidade de angariar telespectadores a qualquer preço sem cogitar dos perigos que as pessoas correm em submeterem-se a regressões de memória por motivos fúteis, por curiosidade e por pessoas não capacitadas para isso.
A terapia regressiva deve ser efectuada apenas em casos que nos transtornem a vida, com objectivos terapêuticos e só deve ser efectuada por médicos e psicólogos que tenham formação específica nesta área e não por curiosos como acontece por esse Portugal fora.
A regressão de memória, independentemente das técnicas usadas é uma das fortes evidências da imortalidade da alma e da reencarnação.
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novembro 15, 2009
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