«Gopal Gupta nasceu na Índia, em Deli, a 26 de Outubro de 1956. Os seus pais eram de casta média inferior e tinham pouca instrução. Nunca repararam em nada de particular em Gopal. Um dia, ainda não tinha Gopal dois anos, o pai pediu-lhe que retirasse da mesa o copo de um visitante de passagem. Gopal respondeu: “Não tocarei nesse copo, sou um sharma” (os sharmas são membros da casta superior na Índia, os brâmanes). Ficou furioso e partiu mesmo alguns copos. O pai pediu-lhe explicações. Gopal, a pouco e pouco, contou que habitou Mathura, uma cidade situada a cerca de 160 km de Deli, disse o nome da sua empresa de produtos farmacêuticos, Sukh Shancharak, que possuía uma grande casa e muitos criados, era casado, tinha dois irmãos e que um deles morrera durante uma discussão. Não pegara no copo porque um brâmane não toca em nenhum utensílio manipulado por um inferior.
Ninguém na sua família tinha vínculos com habitantes de Mathura. Assim, a mãe nunca o encorajou a falar sobre esse passado e para o pai era indiferente. Gopal falava aos seus amigos. Um lembrava-se de ter ouvido algo sobre um homicídio em Mathura, que podia corresponder àquele de que Gopal falara. Em 1964, por ocasião de uma festa religiosa, o pai foi a Mathura. Procurou a sociedade Sukh Shancharak e explicou ao gerente as razões das suas perguntas. O gerente ficou impressionado, pois confirmou que, em 1948, um dos dois proprietários da sociedade disparara contra o seu irmão, Shaktipal Sharma, que morrera a 27 de Maio de 1948 devido aos ferimentos. A família de Sharma foi posta ao corrente. Alguns deles foram a Deli para ver Gopal e conversar. Convidaram-no para ir a Mathura. Gopal foi. Durante a visita, reconheceu muitas pessoas e lugares onde Shaktipal viveu e trabalhou. Mostrou-se ao corrente dos negócios da sociedade. Lembrava-se de como tinha tirado dinheiro à esposa para dar ao seu irmão. Esperava, ao dar-lhe dinheiro, acalmá-lo, mas as cóleras do irmão tornaram-se cada vez mais frequentes. O homicídio foi comentado na primeira página dos jornais locais. O comportamento de Gopal era de filho de gente rica, recusava as tarefas da casa, mesmo comer no recipiente utilizado por alguém da sua família. Todas as ocasiões eram boas para fazer sentir que era superior.
A investigação deste caso começou em 1965, na Índia. Ian Stevenson retomou-a em 1969 e esteve em contacto com a família de Gopal até 1974. Depois de 1965, Gopal não mais desejou voltar a Mathura. Visitava duas irmãs de Shaktipal que habitavam em Deli. Os encontros entre as duas famílias cessaram. Gopal, a pouco e pouco, perdeu o seu feitio desdenhoso e adaptou-se à condição modesta dos pais.»
«Hoje em dia, uma pessoa racional pode acreditar na reencarnação,
com base em provas» (Ian Stevenson, Porto, Portugal, 2002)
Este caso relatado na «Notícias Magazine» nº 523, de 2 de Junho de 2002, em Portugal, numa entrevista do psiquiatra americano Ian Stevenson aos jornalistas Eugénio Pinto e Jorge Gomes, por ocasião da sua participação no Simpósio «Aquém e Além do Cérebro» que decorreu na cidade do Porto, numa organização da Fundação Bial, tendo também efectuado uma conferência na Ordem dos Médicos, é apenas um dos milhares de casos catalogados e investigados pelo mundo inteiro por vários cientistas que concluem que a reencarnação (isto é, a possibilidade do Espírito nascer de novo, num corpo novo) é uma realidade hoje em dia demonstrável e que será num futuro próximo mais uma lei a adicionar à Biologia e à Genética.
As crianças que se lembram de vidas anteriores, com relatos de pormenores incríveis, que não tinham como saber, geralmente ocorrem até aos seis ou sete anos de idade, desvanecendo-se posteriormente à medida em que a criança se vai embrenhando mais na vida material.
De acordo com as pesquisas de vários cientistas, nesta área, as crianças que se lembram de factos de vidas anteriores são pessoas que passaram pouco tempo no mundo espiritual, entre uma reencarnação e outra, de molde a que quando voltam à Terra ainda conservam de certo modo uma consciência viva da sua existência pretérita.
Os casos de crianças que se lembram de vidas anteriores é sem, dúvida, uma das provas mais relevantes e irrefutáveis da existência da reencarnação, como modelo de evolução do Espírito ao longo dos anos.
No próximo artigo iremos abordar as comunicações espirituais que informam que uma certa pessoa irá voltar a nascer (reencarnar).
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novembro 15, 2009
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