O medo da morte (IV)



AS VLM


A morte é um pesadelo para aqueles que não a entendem. Com o aparecimento da doutrina espírita (ou espiritismo) provou-se que a morte não existe, continuando a vida noutros planos existenciais a que chamamos de mundo espiritual. Uma das evidências de que a vida continua são as VLM’s ou Visões no Leito de Morte.

Muitas pesquisas têm sido feitas em torno dos moribundos que afirmam ver junto de si seres conhecidos (já falecidos) bem como seres desconhecidos. Afirmam que esses habitantes do mundo espiritual os vêm receber nesse momento a que chamamos de morte, e que não é mais do que um momento de transição. São as chamadas Visões no Leito de Morte (VLM). Noutras circunstâncias, são os moribundos que quase desprendidos do corpo físico vão até outros locais, bem distantes, despedirem-se de familiares e amigos, sendo vistos pelos mesmos, enquanto agonizam no seu quarto bem distante dos locais onde são avistados. Investigações muito rigorosas mostram que estes fenómenos não são apenas meras alucinações.
«O físico do Royal College of Science, em Dublin, Irlanda, Sir William Fletcher Barret (1845-1926) foi um dos pesquisadores nesta área. A sua esposa era médica obstetra e assistiu à morte de uma paciente, após o parto. Pouco antes de falecer, ela fixou o olhar em certo ponto do quarto, sorriu e exclamou que estava vendo uma luz muito bela e seres maravilhosos, declarando que estava a ver o falecido pai que dizia vir buscá-la. Ela ficou muito contente pela partida, confiando o filho ao marido. Entretanto, ela relata a presença de uma sua irmã junto do pai, o que a surpreendeu, pois ela não sabia que essa irmã tinha morrido fazia pouco tempo, e tal facto não lhe tinha sido comunicado para que não se lhe agravasse o estado de saúde. Após este episódio, a paciente faleceu serenamente após concordar partir com o pai e a irmã.
William Barret impressionou-se sobretudo com a aparição da irmã, pois tal eliminava a hipótese de alucinação já que ela não sabia que a irmã tinha falecido.» (cf. Andrade, «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», FE, São Paulo, 1999).
Após várias pesquisas, Barret publicou um pequeno livro intitulado «Death-Bed Visions» (Visões no Leito de Morte).

Pesquisadores de renome mundial mostram que as visões
no leito de morte, por parte dos moribundos, são reais, nada tendo
a ver (na maioria dos casos) com alucinações

Os Drs. Karlis Osis e Erlendur Haraldsson (na fotografia), pesquisaram anos a fio estes factos, tanto nos EUA como na Índia. Publicaram um excelente livro «O Que eles viram no limiar da morte» (Portugal: Europa-América) onde constatam que «quatro quintos das aparições eram relacionadas com a sobrevivência, isto é, elas retratavam pessoas falecidas e figuras religiosas. Isso está em franco contraste com as alucinações de uma população normal. Três em quatro aparições foram sentidas como tendo vindo a fim de levar embora os moribundos para uma forma de existência post-mortem, com o que 72% deles consentiram. A maioria dos pacientes respondeu com serenidade, paz e entusiasmo (41%) em vez de emoções negativas (29%), a esse ostensivo convite para morrer» (cf. Andrade, «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», FE, São Paulo, 1999).
Ernesto Bozzano foi um dos maiores pesquisadores nesta área, em Itália, tendo o seu enorme trabalho sido traduzido para o português «Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte», editado pela Federação Espírita Brasileira. A obra de Bozzano é anterior à de Sir William Barret contendo uma enorme variedade de casos colhidos em todo o mundo.
A Sociedade de Pesquisa Psíquicas, de Londres (Society for Psychical Research), tem duas obras clássicas sobre aparições de pessoas em estado terminal ou em situações críticas com perigo de vida, «Phantasms of the Living» num trabalho monumental de três dos mais conceituados pesquisadores desta insuspeita organização. Foram eles Edmund Gurney, Frank Podmore e Frederick Myers.
O Eng.º Hernani Guimarães Andrade (Andrade, «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», FE, São Paulo, 1999) um dos pesquisadores mais conceituados no mundo sobre fenómenos paranormais, informa que «À medida que são levadas a efeito as pesquisas auxiliadas pelos modernos meios de comunicação, controle e processamento de dados, mais vão sendo reforçadas as evidências a favor da tese da sobrevivência da personalidade após a morte do corpo físico... Assistimos, assim, ao surgimento de um novo paradigma, que está a começar a questionar o velho modelo materialista das ideias acerca da natureza do homem e do universo».
No próximo artigo iremos abordar as Experiências Fora do Corpo (EFC) procurando avaliar se podem vir em abono da tese da imortalidade da alma ou não. 

Bibliografia:

Kardec, Allan - «O Livro dos Espíritos», Ed. C. E. P. C. , 4ª edição, Lisboa, 1992

Andrade, H. Guimarães - «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», Ed. FE, 1ª edição, São Paulo, 1999).
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novembro 15, 2009
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