A morte morreu, diz-nos o espiritismo, doutrina codificada por Allan Kardec, um eminente pesquisador e professor francês. Inúmeras provas da imortalidade da alma vão-se avolumando nos gabinetes de pesquisa, e no entanto as pessoas parecem querer ignorar aquilo que está evidente diante dos olhos: que a vida continua depois desta vida. Uma coisa é certa: todos teremos de “morrer“ um dia.
Muitas vezes pergunta-se do porquê da resistência em aceitar factos comprovados em laboratório, mostrando que a vida continua depois da morte do corpo físico.
Todos sabemos das naturais reservas do ser humano no que concerne às mudanças de opinião sobre um determinado assunto. Aliás, a história é pródiga em casos deste género.
Quem não se lembra das dificuldades em demonstrar-se a esfericidade da Terra, quando todas as pessoas diziam que ela era plana? Quem não se lembra de Pasteur que foi ridicularizado quando propôs a existência de seres microscópicos? Quem não se lembra de Galileu? E de Giordano Bruno, queimado na fogueira da Santa Inquisição?
A história da invenção do fonógrafo, realizada por Thomas Edison, lembra-nos uma facto cómico e caricato, que nos demonstra como as certezas científicas são sempre relativas ao nível de conhecimentos de que dispomos no momento. No dia 11 de Março de 1878, o físico Du Moncel, apresentou na Academia de Ciências de França, um exemplar do fonógrafo de Edison. No momento em que o aparelho se pôs a reproduzir a voz gravada pelo demonstrador, um dos doutores da referida Academia, agarrou-o pelo pescoço, gritando: ”Miserável! Nós não seremos ludibriados por um ventríloquo!”
A 30 de Setembro do mesmo ano, o ilustre sábio académico Sr. Bouillard, autor da ridícula e agressiva intervenção, não hesitou em fazer uma comunicação, “provando” que realmente o fenómeno do fonógrafo não passava de ilusionismo e ventriloquia, «uma vez que um vil metal jamais poderia substituir o nobre aparelho de fonação humana».
O preconceito cultural tem sido o maior entrave à disseminação
de uma verdade que se torna cada vez mais evidente:
«Ninguém morre, a vida continua depois da morte do corpo físico».
De facto, muitas pessoas têm dificuldade em mudar de opinião, mesmo perante factos demasiado evidentes.
O Eng.º Hernani Guimarães Andrade, cientista e eminente pesquisador dos fenómenos paranormais, figura conceituada em todo o mundo, refere: «...nem tudo o que pode ser provado é obrigatoriamente verdadeiro. A recíproca também se nos afigura correcta: nem tudo o que é verdadeiro pode ser definitivamente provado.»
«Do fim do século XIX até meados deste século XX, inúmeras investigações sobre os fenómenos paranormais aduziram fortes evidências de apoio à tese da existência do Espírito e da sobrevivência da personalidade após a morte. Entretanto, o establishment científico amplamente apoiado no Materialismo, veio sistematicamente negando validade e aceitação às teses espiritualistas decorrentes das evidências oferecidas pela Psychical Research, pela Metapsíquica e pela Parapsicologia.
Actualmente, novas modalidades de investigação, tais como as dos casos de Experiência de Quase Morte (EQM), as visões dos moribundos nas proximidades da morte (VLM – Visões no Leito de Morte), as Experiências Fora do Corpo (EFC) ou projecção astral, as investigações de Casos que Sugerem Reencarnação (CSR), as Terapias de Vidas Passadas (TVP) e a Transcomunicação Instrumental (TCI) com seres espirituais, estão a dar ganho de causa às teses espiritualistas. Assistimos, assim, ao surgimento de um novo paradigma, que está a começar a questionar o velho modelo materialista das ideias acerca da natureza do homem e do universo.» (Andrade, «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», FE, São Paulo, 1999).
No próximo artigo iremos abordar as Experiências de Quase Morte (EQM), onde seres dados como mortos pelos corpos clínicos dos hospitais, voltam à vida relatando as suas experiências fora do corpo físico, evidenciando assim a sobrevivência de algo ao próprio corpo de carne.
Bibliografia:
Kardec, Allan - «O Livro dos Espíritos», Ed. C. E. P. C. , 4ª edição, Lisboa, 1992
Andrade, H. Guimarães - «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», Ed. FE, 1ª edição, São Paulo, 1999).
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novembro 15, 2009
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