O medo da morte (VI) - conclusão



Morrer, todos nós um dia tê-lo-emos de fazer. Agora, como reagiremos a esse momento, isso dependerá da preparação que cada um assegurar durante a sua vida. Afinal preparar-se para a morte não será assim tão esdrúxulo como poderá parecer, perante tantas evidências de que afinal…a vida continua.

Temos abordado ao longo de várias semanas a problemática do medo da morte que nós ocidentais tanto patenteamos.
Sendo uma experiência pela qual todos um dia passaremos, muitas pessoas interrogam-se sobre o que acontecerá depois desse fatídico momento: a vida continuará? Como? Em que moldes? Será o desaparecimento total da personalidade? A desintegração do ser? A perda total? Se para uns estas questões não fazem parte das suas perquirições, para outros podem ser até tormentosas. Outros ainda, estudam estes assuntos com muito interesse nessa busca da imortalidade, nessa sêde de sobrevivência.
Mas, será a sobrevivência da alma uma quimera, um desejo incontido de meia dúzia de almas frágeis que assim entram num processo de auto-ilusão? Ou terá a sobrevivência da alma provas documentais em seu favor?
Foi o que fizemos nesta coluna ao longo de seis artigos de recolha de pesquisas científica efectuadas um pouco por todo o mundo.
Abordámos as experiências científicas que Allan Kardec (um sábio parisiense), em meados do século XIX efectuou, descobrindo aquilo a que se chama de “corpo espiritual” e que nos confere a individualidade após a morte do corpo físico, dando assim origem a todo um conjunto de estudos que desaguou na codificação da doutrina espírita (ou espiritismo), como uma ciência filosófica de consequências morais, que nos explica o porquê da vida, quem somos, de onde vimos e para onde vamos, desvendando as leis ocultas até então, que regem o intercâmbio entre o mundo terreno e o mundo espiritual.
Enumerámos vários estudos de cariz rigorosamente científico levados a efeito por pesquisadores que estão fora do âmbito do espiritismo e até mesmo fora do âmbito das religiões tradicionais.

A vida continua... depois da morte do corpo físico,
é o que apontam as pesquisas científicas

Referimos as experiências de quase morte, em que pessoas que são dadas como clinicamente mortas voltam à vida, relatando inúmeras situações que atestam em favor da imortalidade da personalidade humana. Falámos ainda das experiências fora do corpo, em que certas pessoas, numa espécie de estado de transe, vêem-se fora do seu corpo físico, conseguindo aperceber-se das duas realidades (o seu “eu” e o seu corpo físico), relatando pormenores com uma riqueza de detalhes incríveis, dos locais por onde passam durante essa experiência fora do corpo, evidenciando assim a independência da inteligência em relação ao corpo de carne.

Abordámos também as visões no leito de morte, onde após dezenas de anos a fio vários investigadores e cientistas concluíram que afinal tudo evidencia que a vida continua depois da morte física, perante a riqueza de detalhes nas descrições efectuadas pelos moribundos, muitas vezes em situações completamente insuspeitas em que os moribundos relatam a presença de seres espirituais, familiares já falecidos, que eles desconheciam que tivessem já falecido, em virtude dessas notícias não lhes terem sido comunicadas para os pouparem ao choque emocional.

Referimos ainda os casos de transcomunicação, isto é, casos de comunicação com o mundo espiritual através de médiuns humanos e também através de aparelhos electrónicos, pelos quais aqueles que julgávamos falecidos voltam do mais além para nos atestarem da sua imortalidade.
Além destas evidências que continuam a ser estudadas por pesquisadores de renome mundial, referimos ainda os casos sugestivos de reencarnação, como os meninos-prodígio, as crianças que se lembram das suas vidas anteriores, relatos através da mediunidade em que Espíritos informavam que iriam reencarnar nesta ou naquela família, bem como as actuais pesquisas em torno da psiquiatria, no que concerne à regressão de memória através de hipnose ou em estados modificados de consciência.
Perante este acervo enorme de pesquisas, de conclusões, de evidências, a imortalidade aí está patenteada e ao dispor de todos nós, mostrando que afinal as pesquisas em meados do século passado levadas a cabo pelo codificador do espiritismo, estavam certas e de que ninguém morre… a vida continua, só que em outros planos existenciais e vibratórios. Um prelúdio para a descoberta oficial do Espírito, ao fim e ao cabo uma inevitabilidade que será apenas uma questão de tempo.

Bibliografia: 
Kardec, Allan - «O Livro dos Espíritos», Ed. C. E. P. C. , 4ª edição, Lisboa, 1992
Andrade, H. Guimarães - «Morte, uma Luz no Fim do Túnel», Ed. FE, 1ª edição, São Paulo, 1999).
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novembro 15, 2009
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