A mediunidade é uma faculdade humana que permite aos homens comunicar com o mundo espiritual. Muitas pessoas confundem-na com patologias. Veja porquê e como resolver a situação.
Maria era uma mãe e esposa como todas as outras. Um dia, começou a sentir sensações esquisitas e desconhecidas, sintomas estes que não controlava bem, desconhecendo suas causas. De sintoma em sintoma, procurou o clínico de sua confiança. O cansaço diagnosticado foi prontamente medicado, mas, sem efeito. De médico em médico, foi andando até que um dia alguém lhe disse: «Já foi a um centro espírita? Por que não vai? Pior não fica!». Maria acabou por bater à porta de uma associação espírita, onde lhe explicaram que aquelas vozes que ouvia, aquelas visões que tinha e que eram diagnosticadas como patologias pelo psiquiatra desconhecedor das realidades espirituais, não eram mais do que factos perfeitamente normais e que a ciência oficial desconhece. Integrada nos trabalhos da associação, após estudo do espiritismo, Maria hoje é uma mulher normal, controlando perfeitamente a faculdade que outrora estava descontrolada.
Esta história, repete-se aos milhares por esse país fora.
A mediunidade é uma faculdade que permite ao ser humano captar o mundo espiritual. O médium é aquele que tem uma característica - a mediunidade - que lhe permite estar no meio, isto é, entre dois planos, o físico e o espiritual.
A mediunidade não é pois uma doença, algo de anormal, mas sim uma característica inerente ao ser humano. Nuns, na maioria, está em estado lactente, noutros está a desabrochar e, em alguns está já desabrochada (os chamados médiuns).
Quando estas características despoletam de repente, sem que a pessoa tenha alguns conhecimentos da vida espiritual, poderão provocar alguns dissabores, já que a pessoa se vê envolta numa situação que não domina e que desconhece. Fácil é ser-lhe diagnosticada uma doença qualquer do foro nervoso, e infelizmente muitas pessoas são internadas em hospitais psiquiátricos, quando na verdade têm problemas de ordem obsessiva espiritual, isto é, influência perniciosa de um espírito (pessoa que já largou o corpo de carne pelo fenómeno natural da morte) sobre o psiquismo do encarnado (o que ainda está no corpo de carne).
Muitas pessoas chegam inclusive a ficar num estado de perturbação, duvidando por vezes de sua própria sanidade mental. No entanto, tais situações são perfeitamente explicáveis e torneadas com a acção espírita, numa associação espírita idónea.
Não se deve recorrer a médiuns que trabalhem sozinhos, e muito menos a locais onde se cobre ou se aceite uma determinada quantia pelo tratamento. A mediunidade deve ser utilizada gratuitamente, de acordo com os preceitos do Evangelho (Dai de graça o que de graça recebestes).
A mediunidade é uma faculdade perfeitamente normal,
que permite ao ser humano percepcionar o mundo espiritual.
A mediunidade é neutra, tal como outras faculdades que possuímos (capacidade de falar, de ouvir, ver, etc.) e pode aparecer em qualquer estrato social e cultural. Não escolhe pois o meio onde se manifesta. Nesse sentido todos somos mais ou menos médiuns, como nos diz Allan Kardec no seu memorável livro «O Livro dos Médiuns», autêntico roteiro seguro de como trabalhar na mediunidade. Poderemos, pois, encontrar pessoas com mediunidade dentro de qualquer religião, filosofia ou corrente de opinião, quer acredite, ou não, na existência dessa faculdade.
Quando ela despoleta, a única solução é render-se à evidência e ao invés de lutar contra ela (autêntico desperdício de tempo) devemos tentar compreendê-la.
Mas como?
A pessoa que manifesta esse sintomas, deve procurar uma associação espírita idónea, onde receberá orientação segura para o seu caso. Invariavelmente, a pessoa deve frequentar estudos básicos sobre espiritismo, familiarizando-se com esta doutrina consoladora e esclarecedora, frequentando também a palestra pública e beneficiando-se com o passe magnético (fluidoterapia através da bioenergia). Numa fase posterior, a pessoa necessitada deve então integrar um estudo prático da mediunidade onde aprenderá a controlar essa faculdade sublime, autêntico motor de evolução quando aproveitada e direccionada na prática do bem e gratuitamente.
A pessoa necessitada não deve sob pretexto algum participar de imediato em reuniões de intercâmbio com o mundo espiritual, já que tem uma faculdade que não está adestrada. Seria como colocarmos alguém a trabalhar com uma ferramenta que desconhecesse o seu funcionamento. O risco seria bem grande.
Relembramos um caso interessante.
Certo dia, comunicaram-nos que a senhora X teria dado entrada na urgência do hospital das Caldas da Rainha, com sintomas de perda de consciência. Não sabia quem era, não se recordava do marido, do filho, afirmando que estava no ano tal, uns quinze anos atrás. Estava em observações e com indicação para ser internada em Psiquiatria em Coimbra. Conhecedores que éramos da mediunidade pouco orientada da referida senhora, fomos (quatro pessoas) ao hospital, a pedido de um familiar, onde explicámos a uma médica de serviço o que se estaria a passar com essa pessoa, do nosso ponto de vista, que ela estaria num processo de auto-regressão de memória, onde havia interferências espirituais. A médica um pouco constrangida, naturalmente desconfiando da nossa sanidade mental, lá acedeu a que num canto estivéssemos juntos da doente. Discretamente, fizemos uma prece e dando passe magnético conseguimos que a doente voltasse ao estado normal. Passados poucos minutos, a médium deseducada, saiu do estado de transe mediúnico e estava tão normal como de costume, para espanto geral dos clínicos que não entendiam como tal se processara.
A associação espírita é o lugar certo para a pessoa
que pretenda controlar e conhecer essa faculdade (a mediunidade),
tornando-a numa poderosa alavanca de crescimento espiritual.
Felizmente já temos em Portugal vários médicos e psicólogos espíritas que poderão orientar com muito mais segurança as pessoas que pensem ter "doenças fantasmas", e que muitas vezes apenas são detentores de faculdades até então desconhecidas.
Seria interessante que os clínicos se interessassem pela componente científica e filosófica do espiritismo, sem descurar a parte moral, na certeza de que assim possuiriam um cabedal bem maior de conhecimentos que poderiam usar em benefício dos seus pacientes.
Sabemos que está em curso a constituição da Associação de Médicos Espíritas Portugueses.
Para os interessados seria fundamental uma leitura atenta de «O Livro dos Médiuns» de Allan Kardec, depois de lerem «O Livro dos Espíritos» também do mesmo autor.
Como diria o famoso e respeitado filósofo brasileiro, José Herculano Pires, um dia todos os homens serão seres Psi, onde a mediunidade será uma faculdade tão banal como banal é hoje ver, ouvir, e falar.
Dezembro 1997
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janeiro 28, 2010
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O que acham da curandeira Romilda, que tem ido aos varios programas das televisoes.
ResponderEliminarSinceramente, nunca tive a oportunidade de ver o que refere, no entanto, certamente espírita não é, pois espiritismo nada tem a ver com bruxarias, magias, superstições, curandeirismo
ResponderEliminarGostaria de saber qual a diferença entre espiritismo e racionalismo Cristão?
ResponderEliminarEmbora sejam ambas doutrinas espiritualistas, e tenham alguns pontos de contacto tem diferenças de fundo na sua metodologia e na sua estrutura doutrinária. Seria interessante fazer uma pesquisa sobre isso na Internet e posteriormente um estudo comparado.
ResponderEliminarquando a minha mãe faleceu, o funeral era no dia seguinte,e quando me deitei,e apaguei a luz da cabeceira, vi perto da parede, uma nuvem azul celeste, com muitas estrelas brancas a cintilar, num curto espaço de tempo. Qual será a vossa interpretação?
ResponderEliminarNão sabemos o que seja, mas é usual os amigos espirituais manifestarem-se desse modo, tornando-se visíveis desse modo, sob a forma de pequeninas estrelas que cintilam, para que quem vê se sinta reconfortado e ciente do apoio espiritual.
ResponderEliminarOs medicos do Astral Superior,podem tratar as pessoas doentes?
ResponderEliminarOs médicos no mundo espiritual superior, se estiverem numa posição espiritual de tranquilidade interior, num plano espiritual elevado, podem ajudar-nos e ajudam-nos muito mais do que pensamos ou imaginamos, nomeadamente durante o sono, quando efectuam operações no corpo espiritual (perispírito), que se repercutem posteriormente no corpo físico, sob a forma de curas inopinadas.
ResponderEliminarEiste alguma casa espiritual em Albufeira Algarve?
ResponderEliminarCaro amigo (a)
ResponderEliminarExiste um centro espírita em Albufeira que recomendamos:
Associação Espírita de Albufeira - Grupo Allan Kardec
Pátio Sá Carneiro - Edifício Cristina Loja BA (última loja)
Montechoro - Albufeira - Tel.: 92 213 22 86 (José Carlos)
E-mail: teixeira.dacosta@hotmail.com
O planeta terra caminha para melhor ou pior?
ResponderEliminarna evolução os animais podem chegar, a serem seres humanos?
ResponderEliminarO princípio espiritual que anima os animais, ao longo dos milénios, um dia ascenderá ao reino hominídeo, tornando-se então um Espírito, com personalidade, e começando a sua ascensão no reino hominídeo, desde o nível mais baixo, como ser simples e ignorante, até que um dia atinja a angelitude (ler "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec).
ResponderEliminarCOMO classifica esta crise do País,espiritualmente?
ResponderEliminarSabemos que nada acontece por acaso, sendo que a lei de causalidade (causa e efeito)é igual para todos, em todo o Universo.
ResponderEliminarNesse sentido, cumpre interrogarmo-nos porque estamos encarnados na Terra nesta altura, e não noutra época mais próspera, quer antes quer depois.
Para além do "Karma" individual, existe também o "karma" grupal, de nações, e grupos de nações.
Esta crise não é só nacional, mas mundial, e é uma crise de valores onde os valores ético-morais foram substituídos pelo bezerro de ouro, onde "ser" pessoa nada vale se comparado com o "ter" de cada um.
Estamos numa fase de transição no planeta Terra, onde somos chamados à fraternidade, à amizade, ao apoio mútuo, à paz interior e exterior a nós próprios, na certeza de que esses tempos aí estão a surgir, em busca de um novo devir (leia-se "A Génese", de Allan Kardec).
No Além qual é a ligua que se comunicam uns com os outros?
ResponderEliminarOs animais e as plantas quando morrem, também vão para o mundo espiritual?
As plantas e os animais quando morrem também vão para outro lugar?
ResponderEliminarJulgo não ser nenhuma pergunta fora do normal.
Caro amigo (a)
ResponderEliminarSugeria uma leitura atenta de "O Livro dos Espíritos", bem como dos restantes livros de Allan Kardec, que podem responder com mais especificidade a estas pertinentes questões.
Os espíritos comunicam-se pelo pensamento, sendo que essa comunicação é tanto mais fácil quanto mais evoluído for o espírito.
Quanto às plantas e animais não têm em si um espírito individualizado, mas são isso, sim um princípio espiritual que um dia atingirão a individualidade. Nesse aspecto, Espíritos superiores superintendem a reencarnação desses princípios espirituais, dentro das respectivvas espécies evolutivas.
Sugeria igualmente a leitura de "Evolução Anímica" de Gabriel Delanne
Gostaria de saber o seguinte, em que lingua as mensagens são enviadas pelos espiritos superiores, para os mediuns, por exemplo a Madre Teresa de Calcutá?
ResponderEliminarDesconhecemos se a Madre Teresa é um espírito superior, provavelmente não, mas estudando "O Livro dos Médiuns" vemos que a linguagem do espírito é o pensamento pelo que o médium pode captar o pensamento do espírito na sua própria língua (do médium) o que facilita a comunicação.
ResponderEliminarPartindo de uma ideia errónea que se entranhou na consciência comum é possível dar asas a tal atrofio lógico. O espiritualismo é literalmente uma religião. E a religião é o que de menos lógico temos no nosso mundo. É lamentável mas o ser humano é apenas um sub produto da evolução do universo. É uma atrocidade sem sentido resultando da pluralidade imensa de energia e matéria. De onde viemos é para onde vamos. Alguém tem memória da sua vida antes de ter nascido? Chama-se morte.
ResponderEliminarO nosso cérebro é ainda uma pequena caixa de pandora por descobrir, mas não me parece aceitável construir teorias sobre o que ainda não entendemos, como o Homem tem feito ao longo de séculos e séculos com toda a presunção alimentada pela crença.
A arte é o único aspecto que nos destingue de qualquer outro animal.
Há excelentes exemplos na literatura. Aconselho a sua leitura em prol de livros como "A Génese", de Allan Kardec.
Cumprimentos
André neves
Embora não tenha percebido bem o pensamento expresso,de acordo com a doutrina espírita, o nosso corpo é apenas a roupagem exterior, visível e temporária, residindo no perispírito (corpo espiritual) todas as memórias do nosso passado mais ou menos longínquo.
ResponderEliminarEstas questões não são meras crenças, mas factos comprovados, pesquisáveis e deduzidos das experiências efectuadas por Allan Kardec, e até hoje não desmentidas por qualquer ramo da ciência dita oficial.
Muitas pessoas, (milhares) pelo mundo fora, têm lembranças de vidas passadas (com dezenas de pesquisadores e cientistas não espíritas comprovando essas assertivas), o que a juntar às experiências fora do corpo, às visões no leito de morte, às comunicações mediúnicas e aos casos sugestivos de reencarnação, dão pano para mangas para se investigar e comprovar a imortalidade do Espírito.
Quando numa casa as luzes apangam-se e acendem, o que fazer?
ResponderEliminarCaro amigo
ResponderEliminarSe porventura não houver uma explicação lógica e material a ser confirmada por um bom electricista, uma das hipóteses a considerar é um dos moradores ser portador de mediunidade de efeitos físicos.
Sugerimos que, nesse caso, se dirija a um centro espírita perto da sua zona de residência (ou da sua confiança) e que peça ajuda e orientação. (ver endereços em www.adeportugal.org)
boa noite.
ResponderEliminarquando eu era criança passei por situaçoes estranhas,a minha avo me levou a um padre p fechar a morada espirita. o k é isso?
Caro amigo
ResponderEliminarFechar a morada significa, em linguagem popular, "acabar" com a mediunidade ou percepção extra-sensorial da pessoa, o que denota ignorância por parte de quem faz isso, pois a mediunidade é uma característica orgânica que não é passível de ser retirada, é um sexto-sentido.
com amizade
José Lucas
Caro amigo
ResponderEliminarSou frequentador de um centro espirita, o que por conseguinte estou em contacto com pessoas com mediunidade e controlada. Em conversas fui informado que após concentrações as médiuns ficam a senti sofrimentos (dores de cabeça, dores no corpo, etc.) chegou ao ponto de uma das médiuns (trabalhadora de um centro espirita) ter de aceitar a comunicação, sendo o irmão desencarnado sido esclarecido aceitado a sua situação e seguido em paz.
Contudo verifico que eu não senti qualquer sofrimento, desses irmãos. Algumas vezes quando me concentro em outras pessoas sinto que algo não está bem (algum sinal de sofrimento), como me é induzido algumas informações acerca do que necessitem.
Porque razão eu não sentir nada proveniente de irmãos desencarnados que estão perto de mim e outros médiuns sentem, e eu sentir nos outros?
cumprimentos
Desconheço como funciona o centro espírita que refere, mas nenhum médium educado mediunicamente, é obrigado a receber seja qual for o espírito que seja, pois somos donos de nós próprios e o médium só dá passividade se quiser, para que o Espírito fale ou escreva por seu intermédio.
ResponderEliminarQuando o médium se concentra, há uma expansão do seu perispírito, e ao haver essa expansão o médium sente ou pode sentir, aquilo que os seres espirituais que ele captar estejam a sentir, seja alegria, tristeza, dor, etc.
Cada médium capta aquilo que consegue, tendo em a conta a sensibilidade da pessoa, a experiência, a profundidade do transe, etc.
Com amizade,
José Lucas
boa tarde!
ResponderEliminarSera que me pode ajudar?!?!
é que eu ja vi espécie de nuvens brancas com formatos humanos e que caminham e atravessam paredes, ser que isso tem a ver com mediunidade?
Pois para além disso ja senti pessoas a falar a tocar-me e nao as vejo fisicamente...
Aguardo uma resposta
obrigado
Pode contactar a ADEP pelo e-mail adep@adeportugal.org
ResponderEliminarBoa noite,
ResponderEliminarSerá que há algum centro espirita credível, em Albufeira?
Se há, qual a morada?
Obrogada.
Existe sim, veja na página da ADEP em www.adeportugal.org
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