A
Doutrina Espírita ou Espiritismo não é mais uma religião nem mais uma seita,
mas uma filosofia de vida, assente na observação dos factos mediúnicos, na
filosofia e na moral que Jesus de Nazaré deixou à Humanidade.
Os
ensinamentos de Jesus são de tal modo profundos e universais que atravessaram o
tempo e nele se perpectuam. Podemos resumi-los, em fazer ao próximo o que
desejaríamos que nos fizessem, se estivéssemos no seu lugar.
Nos
seus três anos de activismo social, Jesus ensinou, falando e fazendo.
Todos
temos na memória o episódio da mulher adúltera que ia ser lapidada e, com a
intervenção de Jesus, salvou-se do apedrejamento habitual naquela Sociedade.
“Vai
e não voltes a falhar”, moralmente falando, terá aconselhado Jesus, referindo
que também ele não a julgava.
A
ética e a moral de Jesus de Nazaré são o mote pacificador e transversal a toda
a Humanidade. Se colocadas em prática, conduzem à fraternidade, solidariedade,
colaboração, à desculpa, ao perdão, ao Amor ao próximo.
Temos
aqui o roteiro existencial da Sociedade do futuro, quando na Terra estiverem
maioritariamente Espíritos espiritualizados, colocando em prática esta
filosofia de vida, base para o bem-estar social e a felicidade possível.
Não
julgar é precioso ensinamento da doutrina espírita, não julgar o próximo, as
suas escolhas, as suas opiniões. É um não julgar no sentido de não criar dissensões,
não criar inimizades, aversões, guerras, mal-estar, entendendo que cada um de
nós tem o seu nível de evolução próprio e, não podemos exigir dos outros aquilo
que eles ainda não conseguem dar. Também nós temos as nossas limitações, as nossas
falhas, as nossas ideias que causam discórdia nos outros.
É
um ensinamento e uma prática essenciais para a pacificação social, para a
evolução espiritual do Homem e, consequentemente das Sociedades em que está
inserido, culminando na evolução do planeta que habitamos.
Se
isto nos parece pacífico de entender, outras situações causam algumas
divergências de opinião.
Por
um lado, existem pessoas que, sendo apologistas
das ideias de Jesus, pensam que devem ser activos socialmente, procurando fazer
a sua parte para que a Sociedade seja melhor. Nesses, enquadram-se aqueles que
pugnam por uma Sociedade mais justa, sem corrupção, sem desigualdades, sem
mentiras, sem privilégios sociais.
Ser cristão não é a falsa santificação de quem ignora
os problemas sociais, mas uma actividade digna e pacífica, em prol de uma
Sociedade mais justa, onde todos sejam tratados como irmãos.
Para
tal desiderato, têm de falar e agir em conformidade, dentro dos parâmetros da
boa educação, da não violência. Acção sem omissão.
Se Jesus deitou as bancas comerciais ao chão, no Templo, chamando hipócritas aos que se serviam da religião para fazerem ali negócios, Gandhi foi um exemplo bem mais recente, de como deve agir socialmente um cristão (ele era hindu, embora profundo admirador de Jesus de Nazaré): agir, desobedecer, se necessário, perante o erro, mas pacificamente, sem o íntimo maculado de baixas paixões, sem ódio, sem aversão, agindo por aquilo que se acredita, em prol de um bem-comum maior e melhor.
Por outro lado, temos aqueles que acham que o cristão não se deve meter “nessas coisas” (reencarnámos precisamente para ajudar a mudar o tecido social), que deve meter a cabeça debaixo da areia, em oração e esperar que Deus e o Tempo tudo resolvam.
Tal atitude demonstra um desconhecimento do que é ser cristão, bem como do Espiritismo e do seu impacto social, profundo, dinâmico, activo.
Bastaria um pouco de bom-senso, longe do fanatismo religioso para entender isso.
No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec pergunta aos Espíritos superiores se nos é lícito julgar alguém e colocar em público os erros alheios.
A resposta não poderia ser mais bela e profunda de sentido ético e moral: depende da intenção com que o façamos e do alcance.
Se o nosso julgamento, divulgação pública dos erros alheios tem por objectivo o bem-comum da Sociedade e salvar vidas que, de outro modo seriam prejudicadas, então isso é lícito. Se tem apenas por objectivo expor as mazelas alheias não nos é lícito.
O Espiritismo é um amplo movimento cultural, um movimento revolucionário do ponto de vista moral, que visa auxiliar o Homem no seu desenvolvimento intelectual e moral, desabrochando assim a sua espiritualidade (diferente de religião) e, desse modo, aproximando o Homem mais rapidamente de Deus.
Não temos o direito de julgar ninguém, mas temos o dever de pugnar pela justiça social.
Como fazer?
Se Jesus deitou as bancas comerciais ao chão, no Templo, chamando hipócritas aos que se serviam da religião para fazerem ali negócios, Gandhi foi um exemplo bem mais recente, de como deve agir socialmente um cristão (ele era hindu, embora profundo admirador de Jesus de Nazaré): agir, desobedecer, se necessário, perante o erro, mas pacificamente, sem o íntimo maculado de baixas paixões, sem ódio, sem aversão, agindo por aquilo que se acredita, em prol de um bem-comum maior e melhor.
Por outro lado, temos aqueles que acham que o cristão não se deve meter “nessas coisas” (reencarnámos precisamente para ajudar a mudar o tecido social), que deve meter a cabeça debaixo da areia, em oração e esperar que Deus e o Tempo tudo resolvam.
Tal atitude demonstra um desconhecimento do que é ser cristão, bem como do Espiritismo e do seu impacto social, profundo, dinâmico, activo.
Bastaria um pouco de bom-senso, longe do fanatismo religioso para entender isso.
No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec pergunta aos Espíritos superiores se nos é lícito julgar alguém e colocar em público os erros alheios.
A resposta não poderia ser mais bela e profunda de sentido ético e moral: depende da intenção com que o façamos e do alcance.
Se o nosso julgamento, divulgação pública dos erros alheios tem por objectivo o bem-comum da Sociedade e salvar vidas que, de outro modo seriam prejudicadas, então isso é lícito. Se tem apenas por objectivo expor as mazelas alheias não nos é lícito.
O Espiritismo é um amplo movimento cultural, um movimento revolucionário do ponto de vista moral, que visa auxiliar o Homem no seu desenvolvimento intelectual e moral, desabrochando assim a sua espiritualidade (diferente de religião) e, desse modo, aproximando o Homem mais rapidamente de Deus.
Não temos o direito de julgar ninguém, mas temos o dever de pugnar pela justiça social.
Como fazer?
Mohandas
Gandhi, tal como Jesus de Nazaré, deixou uma dica que ressoa no nosso íntimo: “Não
há um caminho para a paz, a paz é o caminho”.
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julho 17, 2021
1
Completamente de acordo José Lucas, com tudo o que escreveu, mas os vendilhões do templo, também sabem que é mais fácil enganar o comum dos mortais do que desengana-los das teorias absurdas e dos dogmas existentes na religião católica. Assim sendo os oportunista satânicos, de tudo se servem para mais fácil continuarem a enganar os incautos inocentes, com patranhas obscuras e injustificáveis .
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