Meu irmão,
Vou-te contar
Como funciona
O mundo da ilusão.
Ontem visitei
Kimbu do interior,
Onde as cubatas
Mostravam horror.
Mães e pais,
Crianças esfomeadas
Não deixavam de sorrir
Nas brincadeiras inopinadas.
Chorei de revolta,
Que transformei em oração
Por aquela gente
Não ter um naco de pão.
De que serve
A liberdade do colonizador
Se depois, o povo livre
Sofre a fome e a dor?
Fui até Manhattan
E encontrei luxo,
Dinheiro desbaratado
Como na caça, o cartucho.
Gente célebre,
Bêbada e drogada
São os heróis
Da sociedade desnorteada.
Recolhendo-me no Além,
Fiz profunda reflexão
Sobre o que é a realidade,
E o que é a ilusão.
Os primeiros pensam
Ser desgraçados sem dó,
Os segundos, uns senhores
Viciados no “pó”.
Posso-te afiançar
Vencedores: os primeiros,
Enquanto os outros
Serão os derradeiros,
A encontrarem
As blandícias celestiais,
Pois, quer uns, quer outros,
São todos imortais.
Não te esqueças,
Querido irmão,
Que aí na Terra,
Viveis no mundo da ilusão
Que podeis melhorar
Com o vosso amor,
Por tudo e por todos,
Seja ele quem for.
Poeta alegre
Psicografia
recebida por JC no ENL, Óbidos, Portugal, em 03 Fevereiro 2014
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