ARTIGOS ESPÍRITAS

                                                      SER (BOA) PESSOA… É FIXE!

 

Estamos numa época diferente, a todos os títulos, desde a parte tecnológica aos usos e costumes, indo até ao conceito de vida em si mesmo. 
O que outrora, há cerca de uns 30 anos, era normal, deixou de o ser.
O que era considerado aberração, passou a ser normal.
Os conceitos, as atitudes, os pensamentos, os discursos, entrelaçam-se em meandros até então inimagináveis.
A percepção que fica, socialmente falando, é que vale tudo, tudo é certo e aceite, mesmo que seja errado e inaceitável.
A má educação passou de excepção de outrora, para hábito grosseiro de agora.
Não existem idades.
O respeito que os mais novos nutriam pelos mais velhos, passou de moda e, hoje em dia, qualquer miúdo de 15 anos fala em voz alta, na rua, seja conversando via telemóvel seja com amigos ao seu lado, onde amiúde sai um f***-se ou um c*****o, entre outros termos brejeiros.
Cuspir para o chão é um hábito de novos e velhos.
A sensação de impunidade abrange todas as áreas do comportamento, seja pessoal ou social.
Estamos no tempo do vale tudo, sem filtros, para parecer moderno.
Ser moderno, hoje em dia, é isso, é ser diferente para pior.
Quanto pior, melhor!
Quanto mais escandaloso, mais vistoso, mais tempo de antena se tem na mediocridade televisiva. Sim, porque isto também se aplica às televisões. Ali encontramos de tudo, quase sempre a roçar o boçal, a banalidade, a mediocridade, o … vale tudo!
Mesmo aqueles que são representantes eleitos do povo, raramente se destacam pela positiva, mais parecendo a fina flor do entulho moral. Egóicos, buscam no “poder” o prazer de tirar vantagens pessoais, de grupo, esquecendo o motivo que os faz lá estar – servir (bem) o povo que os elegeu.
Com dificuldade se encontra uma diferença de atitude entre o hemiciclo da Assembleia da República e a tasca do Sr. Zé, onde este discute com o Quim se foi penálti ou não, no meio dos ditos palavrões e da agressividade desnecessária e contraproducente.
De repente, lembrei-me dos Bancos, onde está o nosso dinheiro.
Os “valores” não estão à solta, estão guardados em cofres, seguros, sem serem utilizados. 

Ser moderno é ser educado, honesto, prestável,
fazer ao próximo o que desejamos para nós

Precisamos soltar os “valores”, tirá-los dos cofres com código secreto e, distribuí-los indiscriminadamente pela Sociedade e na Sociedade.
É isso que falta, distribuir os valores, partilhá-los sem vergonha de ser honesto, de ser justo, de ser (boa) pessoa, de ser simpático, de ser amável, de ser bem-educado, de ter linguagem cuidada e elevada.
Apesar de tudo, ser (boa) pessoa é fixe!
Não deve ser a mediocridade e a banalidade a contagiar os demais, mas sim o oposto. Quem tem valores ético-morais (recordo-me dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, o grande psicoterapeuta da Humanidade) não pode ficar no seu canto, mas deve “contaminar” a banalidade com o seu exemplo de ser social correcto, honesto, que pugna pelo bem social de todos, sem distinção de pessoas.
Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, encontramos uma das leis de Deus – a Lei de Sociedade – onde aprendemos isso mesmo – estamos reencarnados na Terra, “tudo ao molhe e fé em Deus”, precisamente para que socialmente possamos evoluir, uns servindo de exemplo para os outros, empurrando-nos para a frente, contribuindo para o avanço social nos vários campos da vida, nomeadamente na parte ético-moral.
O Bem não se pode omitir perante as arremetidas do Mal, antes pelo contrário, deve insinuar-se e afirmar a sua postura, pensamento e sentimento no quotidiano, contribuindo assim para a renovação do tecido social, moralmente falando, em busca de um devir mais promissor, evoluído e pacífico, vida após avida, pois, afinal, “nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”.

Artigos diversos
janeiro 28, 2025
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