O terror voltou a França.
Terror em nome de Deus, terror em nome da religião, terror em nome de opiniões.
O Homem perdeu o endereço de Deus e, perdido no labirinto do materialismo caduco, continua com a mesma atitude mental de há centenas ou milhares de anos: quem não pensa como eu, é meu inimigo; se me incomoda, mato.
Continuamos a viver em pleno século XXI em regime de tribalismo: a minha tribo, o meu grupo, o meu partido, a minha religião, o meu Deus, a minha família, o meu dinheiro, defendendo-os fanaticamente, ao ponto de matar outro Ser Humano que discorde.
Na nossa pequenez espiritual, só vemos o que está no pequeno aquário, não querendo ver o enorme oceano ali ao lado.
Estamos em viagem num grande avião (o planeta Terra) com 7,5 mil milhões de passageiros e, tolamente, matamo-nos por opiniões diferentes, porque o meu lugar é melhor que o teu, por qualquer motivo mesquinho, pondo em causa o sucesso da viagem.
Todos os grandes profetas da Humanidade ensinaram a paz e não a guerra, ensinaram que a vida é passageira, continuando no pós-morte do corpo, no mundo espiritual, noutro plano vibratório.
Mohandas Gandhi, o pequeno grande Homem, deixou à Humanidade o seu exemplo de não violência, conquistando aquilo que ninguém conseguira à força das armas: vencer uma causa justa, de libertação de um povo, sem violência.
“A paz é o caminho”, ensinou Gandhi, depois de Jesus de Nazaré ter feito o mesmo há dois mil anos: “não fazer ao próximo o que não se deseja para si”.
Desde 1857, com o lançamento de “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec) até aos dias de hoje, está mais que comprovada a reencarnação, como Lei da Natureza, que será anexada um dia à Biologia.
Estudos científicos nos últimos 50 anos, provaram essa realidade, nos casos de crianças que se lembram de vidas passadas, nos meninos-prodígio, na regressão de memória, nas comunicações espirituais pré-nascimento.
Está comprovada cientificamente a reencarnação.
A imortalidade é igualmente uma realidade inegável (mais que provada cientificamente, pela comunicabilidade dos Espíritos).
Ao judeu, ao cristão, ao muçulmano, ao budista, a
qualquer um,
de qualquer religião, nós vos pedimos:
párem de matar, somos todos irmãos, filhos de Deus.
Deus,
Alá, Força Criadora, Arquitecto Universal ou o que quisermos chamar é, na
opinião dos bons Espíritos, a “inteligência suprema, causa primária de todas
as coisas”, em resposta à questão “O que é Deus?” (in “O Livro
dos Espíritos”, Allan Kardec).
Estando
provado que a vida continua, estando provada a reencarnação, ficamos a saber
que depois desta viagem no corpo carnal, voltaremos ao mundo espiritual
(causal), para posteriormente, reencarnar, buscando novas experiências
intelectuais e espirituais, em busca da evolução, colhendo as bênçãos da paz ou
as agruras das dores, de acordo com o que tivermos semeado em vidas anteriores,
num mecanismo automático de causa e efeito, em busca do equilíbrio interior.
Na
próxima reencarnação eu poderei reencarnar noutro país, com outra religião,
cultura, se isso for útil para a minha evolução. Assim sendo, não faz sentido o
racismo, a xenofobia, a superioridade sexual ou a posição social, pois noutra
reencarnação eu terei a condição que necessitar para evoluir.
Matarmo-nos
uns aos outros é ridículo, pois apenas matamos o corpo de carne.
O Espírito
é imortal e, apenas é forçado a largar o corpo físico, violentamente.
Matarmo-nos
por opiniões diferentes é ridículo, já que mais à frente sempre mudamos de
opinião, em maior ou menor grau.
Matarmo-nos
por causa da religião é ridículo, pois Deus é o mesmo para todos, a
inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
As
religiões deixaram de fazer sentido, são focos de guerra, de luta, não
apaziguam, separam. Numa Sociedade evoluída as religiões desaparecerão, para
darem lugar à espiritualidade (do cristão, do judeu, do muçulmano, etc) onde o
Homem sintoniza, de per si, com a divindade.
A
doutrina espírita (ou espiritismo) - que
não é mais uma religião ou seita, mas sim uma filosofia de vida - aponta-nos o
caminho da espiritualidade, do amor, da bondade, da fraternidade, tendo como
lema “fora da caridade não há salvação” e podendo-se enquadrar na frase “nascer,
morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei”.
Ao
judeu, ao cristão, ao muçulmano, ao budista, a qualquer um, de qualquer
religião, nós vos pedimos: párem de matar, somos todos irmãos, filhos de Deus.
A
paz é o caminho…
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