Um deles (vamos chamar o Sr. A), bem nutrido (a
barriguinha fazia a chamada “curva da felicidade” nos homens), bem vestido,
sentado numa esplanada num país em paz, onde o calor trazia um ar de Verão, do
alto do seu “bem-estar” vociferou: “essa cambada, se fosse eu que mandasse iam a
nado para casa, nem sabemos se são terroristas ou não…”. O colega de mesa
(vamos chamar o Sr. B) parecia ser menos reactivo, mais habituado a medir as
palavras e / ou os conceitos. Tinha aquilo a que se chama o ar de “boa pessoa”.
O Sr. B falava de um modo diferente, falava dos direitos humanos e tentava
esclarecer o amigo, tentando que ele se colocasse na posição dos migrantes. “E se fosses tu, pá?”… “E se fosses tu a tentar entrar nos EUA em
busca de uma vida melhor e te tirassem os filhos menores para serem “presos”
longe de ti, juntamente com mais de 1.000 (mil) crianças?”
O Sr. A disparou logo: “isso é problema deles, que se amanhem, não venham é cá estragar o que é
nosso”.
Confesso que fiquei um pouco nauseado, não pelo café
que tinha acabado de beber, saboroso, mas por aquela dose auditiva de veneno
tóxico que recebera – o egoísmo feroz.
Meditando no que tenho aprendido com a Doutrina dos
Espíritos (Espiritismo ou Doutrina Espírita), senti-me mais aliviado por as
minhas ondas mentais calcorrearem caminhos diferentes, caminhos de compreensão,
fraternidade, irmandade universal, pese embora os muitos defeitos que ainda carrego.
Fiquei mais calmo… como que uma voz, mentalmente me questionava:
“será que aquele egoísta feroz tem o
conhecimento da imortalidade do Espírito? Será que ele sabe que vai voltar à
Terra, as vezes que forem necessárias para evoluir espiritual e intelectualmente,
em novos corpos (reencarnação)? Será que el conhece a lei de causa e efeito,
onde cada um colhe o que semeia (nesta vida e nas seguintes)?”
Fazer ao
próximo o que desejamos para nós,
é a medida do
bem-estar e da felicidade interior.
Pois é, pensei cá com os meus botões, ele não deve
saber, não deve ter conhecimento que lhe permita pensar de maneira mais
fraterna…
E aqueles que tendo esse conhecimento pensam e agem
da mesma maneira?
Esses são mais auto-responsáveis, moralmente falando…
Esses são mais auto-responsáveis, moralmente falando…
Apeteceu-me entrar na conversa e dizer ao Sr. A: “Sabe porque você não é feliz? Porque o
egoísmo é a mãe de todos os nossos vícios e, enquanto não nos libertarmos desse
vício, entendendo a vida de modo holístico, não seremos felizes. Enquanto não
fizermos ao próximo o que desejamos para nós, não teremos paz interior e
exterior. Enquanto não nos conseguirmos colocar no lugar dos outros, não
seremos felizes”.
Mas, não era oportuno meter-me na conversa alheia.
Paguei o café, estava a ler o Jornal de Espiritismo,
deixei-o em cima da mesa, na esperança que ele desse uma vista de olhos no
jornal ali “esquecido”…
No livro de Allan Kardec, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, um dos capítulos fala das
qualidades do Homem de Bem.
Fui-me embora a meditar nesse belo texto, que serve
de roteiro luminoso para a nossa evolução intelectual e moral, para o nosso
bem-estar…
Como queremos o mundo em paz se as leis dos Homens
estão tão longe das leis divinas ou lei natural?
Como queremos paz se fomentamos a guerra no nosso
quotidiano, nas conversas com termos belicosos, nas leituras e programas de TV
escandalosos, nas atitudes e reacções agressivas, sem entendermos que o Amor é
a grande estrada da evolução, como diz um amigo meu?
Por isso não somos (ainda) felizes, mas, podemos mudar…
quando quisermos, já hoje!
De fato, não deixa de ser um grande alívio quando observamos que certas atitudes de barbárie humana, que para alguns ainda parecem normal, já nos causa grande repulsa. E um passo na evolução: primeiro nos comprazemos com a maldade, depois passamos a rejeita-la, entendendo que um próximo passo é lutar contra ela em todas as dimensões possíveis... nesse sentido observamos como a lição de evolução vai ficando cada vez mais difícil... porque para conseguirmos mudanças significativas temos que lutar coletivamente, somente juntos poderemos fazer a diferença. Sendo que são justamente as diferenças, ou a forma de tratarmos as nossas diferenças, que nos isola e nos torna pontos de vista, quando poderíamos ser união em sendo solidários.
ResponderEliminarOs imigrantes legais entram pela fronteira. Ilegalmente entram criminosos. Usam mulheres e crianças como "passaporte", fazem o que querem das mulheres (a quem obrigam depois a prostituir-se) deixam frequentemente as crianças a morrer no deserto. Nenhum país tem obrigação de deixar entrar criminosos, como ninguém os quer em sua própria casa. Mas a actual administração norte-americana está a fazer tudo quanto pode para remediar atropelos e injustiças que a anterior cometeu. Infelizmente, muita gente não pensa pela sua cabeça, pensa pela propaganda do telejornal. Ou então repete vacuidades sobre "paz e amor", para se dar um ar de moralmente superior, vacuidades que nada significam e nada resolvem. TRUMP 2020!
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=pShzC3xe2Es
ResponderEliminarCaso não entenda Inglês, é possível ativar as legendas. Repetir loas da Imprensa é de mau alvitre. E desonesto.