E você?...


A frase é comum e não surpreende ninguém: “está tudo cada vez pior” ou ainda “isto não tem solução”, entre muitas outras que fazemos questão de alimentar no nosso íntimo, como se fossemos masoquistas profissionais perante as dificuldades da vida.
Apontamos a dedo ao outro, à atitude alheia, ao descalabro ou apenas a uma simples descortesia.
Ficamos angustiados, não sabemos sorrir, à mínima dificuldade respondemos com mal-estar emocional, agressividade, por vezes com violência mental, verbal e física.
O mundo está louco”, ouvimos dizer e dizemos também, como se fossemos um mero ramo de uma árvore que foi atirado para a corrente violenta de um rio, do qual não podemos sair.

Olho à volta e vejo gente boa, simples, anónima.
Vejo gente que utiliza o seu tempo para fazer bem, a si próprio e aos demais.
Gente que colabora nos Hospitais.
Gente que visita prisioneiros, gente que se preocupa com os doentes, os carentes.
Gente que se associa em actividades “pro bono”, encantando-se com a alegria de um sorriso, sentido, sincero e agradecido, que em silêncio diz: “Obrigado”!
E agora, quem terá razão, pergunta o mais simples e vulgar cidadão?
O planeta Terra é fruto da Humanidade que ele alberga.
Somos cidadãos do mundo, fazendo parte de uma imensa casa, com múltiplas divisões. Não nos é lícito a indiferença perante o que se passa no quarto alheio, assim como não nos é lícito apropriarmo-nos do que não nos pertence.

Lendo “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, estudando a Doutrina Espírita (ou Espiritismo), a razão aliada à fé raciocinada ensina-me que a Vida é um acto contínuo, a desdobrar-se em vários palcos e, que este planeta Terra é apenas um desses palcos, que depois deste outros virão, seja na espiritualidade, seja neste ou noutros planetas.

A imortalidade do Espírito está demonstrada,
a reencarnação é hoje uma verdade científica e, assim,
abrem-se novos caminhos de esperança, de paz e de harmonia.

Com a Doutrina Espírita aprendi que o mundo não está mal por causa dos outros, mas também, por minha causa. Aprendi que não são os outros que têm de mudar para que o mundo melhore, mas que eu também tenho de melhorar, contribuindo assim para a pacificação do planeta. Aprendi que devo importar-me mais com o que sinto e transporto no coração, com aquilo que penso e faço, uma vez que ninguém me outorgou a tarefa de ser polícia de consciências alheias.
Aprendi que a paz é possível, mas que não vem por decreto, nem vem de fora para dentro, mas nasce em pequeninos gestos do nosso dia-a-dia, saindo de dentro de nós.
Aprendi a compreender a Vida, a entender quem sou, de onde venho, para onde vou e, com esse esclarecimento eu entendo porque os outros agem desta ou daquela maneira.
Aprendi que estamos todos na Terra para evoluir intelectual e moralmente, fazendo ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fizessem.
Aprendi que o mundo, apesar de tudo aquilo que nos chega aos ouvidos, está cada vez melhor… apenas numa fase de transição para um patamar superior da evolução, sofrendo as agruras típicas de toda a “revolução”.
E você, que tem feito para que o mundo seja melhor?


Artigos diversos
novembro 10, 2014
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