O mau político...


Joaquim o capataz
Vivia num frenesim
Só queria mandar
E ter pilim, pilim

Um dia sonhou
Mudar pr’á cidade
Fazer fortuna
Dominar a Humanidade

Esperto e inteligente
Trabalhou e estudou
Tinha o dom da palavra
Com ela muitos enganou

Rapidamente subiu
Encostando-se ao Partido
Com a sua lábia
Roubou a Rosa ao marido

Com mulher influente
E com o seu bem falar
Rapidamente atingiu
Alto patamar

Joaquim o capataz
Era agora deputado
Só via pilim,
Pilim por todo o lado

Não olhou a meios
Para aumentar a fortuna
Ignorando que no futuro
Não a levaria na urna

Após falecer
Depois de muita dor
Joaquim despertou
Em grande estertor

Anos a fio
Tinham passado
Pareceram séculos
Em sofrimento atolado

Com sentimento de culpa
Rogou a reencarnação
Para poder fugir
A quem roubara o pão

A bondade divina
Assim o permitiu
E nasceu a Maria
À beira d’um rio

Desde cedo indigente
Parecia uma anormal
Sofrendo dor e solidão
Comendo do lixo, e mal!

Grande fixação
Tinha por uma esquina
Com nome d’avenida,
Do Joaquim, o “rapina”.

Aquele canto era o seu
Enxotava outros indigentes
Que ali tentassem a sorte
Junto das passantes gentes

Após rude vida
De forte expiação
Maria desencarnou
Passara na lição

No mundo espiritual
Mais calma e segura
Fazia contas à vida
O que pagar em agrura?

Joaquim, depois Maria,
Envergonhado do passado
Agradecia a Deus
O resgate efectuado

Aprendera Joaquim
Da pior maneira
Que ser humano
Não é brincadeira
Cada um é semeador
Na sua seara
Se não semear bem
A vida sai-lhe cara

Arrependido prometeu
Jamais enganar
A tal ponto, o fez
Que trabalhava a dobrar

Em prol do próximo
Dos mais sofredores
Para assim apaziguar
As próprias dores

Após anos de trabalho
Amoroso e gracioso
Joaquim reencarnou
Com projecto ambicioso

Criou na Terra
Um lar para desvalidos
Onde recolheria
Os ex-inimigos

E assim nasceu
A “Creche de Jesus”
Onde recolhia crianças
Para quem fora uma cruz

No fim da vida
Após o resgate final
Adentrou a espiritualidade
Com ar triunfal

Era agora espírito livre
Do seu próprio passado
Doravante faria o bem
Mesmo ao alienado

Não te iludas amigo
Com a busca do pilim
Para que não sejas
Um outro Joaquim

Fazer o bem
Sem titubear
É tarefa de todos
Os que querem Amar

Só assim
Seremos felizes
Quando nos doarmos
Como os petizes

O Amor será sempre
A eterna solução
Para superarmo-nos
Na prova ou expiação

Poeta alegre
Psicografia recebida por JC, em 10 de Setembro de 2012, em Óbidos, Portugal
Psicografias
dezembro 30, 2012
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Comentários

  1. Amigo, seu blog é muito interressante, parabéns! Li vários artigos que colocaste e grande parte deles despertam a curiosidade e a vontade de aprender mais! Queria saber se tens noticia de algum texto ou livro que fala sobre a organização sócio-politica no plano espiritual... Obrigado!

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  2. Caro amigo, obrigado pela gentileza do seu estímulo. assim de momento os livros que mais falam sobre esse tema são os de André Luiz, recebidos pelo médium Chico Xavier e os de Manoel Philomeno de Miranda pelo médium Divaldo Franco.
    com amizade,
    Lucas

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  3. Muito obrigado pelas recomendações. No momento estou lendo a série "A vida no mundo espiritual" (começarei a ler Obreiros da vida eterna em breve) de André Luiz, e estou gostando muito! Mais tarde, lerei então os livros de Manoel Philomeno de Miranda.
    Um abraço!

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