Até já... "Toni" Feio

Acabo de receber a notícia da desencarnação (saída do corpo pelo fenómeno natural da morte física), do actor António Feio, o famoso “Toni”, da célebre “Conversa da Treta” que tanto nos fez rir e reflectir. Um cancro no pâncreas ditou a morte física, e o actor voltou assim, à pátria espiritual, aos 55 anos de idade, no dia 29 de Julho de 2010.

Era impossível ficar indiferente ao personagem “Toni”, que conjuntamente com José Pedro Gomes (Zézé), faziam a dupla maravilhosa em “Conversa da treta”, programa de rádio e de televisão portuguesa, que tanto nos fizeram rir e reflectir, sobre a nossa vida e sobre os hábitos dos portugueses.
António Feio (Toni), foi um actor conhecido e activo nos meandros do teatro, e dizia com boa disposição, que “só queria matar o bicho a rir”, referindo-se ao seu cancro no pâncreas. Um homem notável, que deixou obra feita, que jamais esquecerei, no que respeita a como lidar com a vida, e com os problemas que ela encerra.
Na rádio, após a notícia da sua desencarnação (saída do corpo pelo fenómeno natural da morte física), alguns colegas e amigos, manifestavam-se “chocados”, falava-se em “enorme perda”, “morte injusta”, entre outras expressões manifestamente carregadas de carinho e ternura pelo “Toni” Feio.
Não pude deixar de sentir enorme bem-estar, de enviar um pensamento de carinho e ternura em direcção ao actor, agora no mundo espiritual, agradecendo-lhe as inúmeras gargalhadas, os programas (que gravei meticulosamente, para que não perdesse um único), a sua postura perante a vida, a sua simplicidade e humildade. Dei por mim, feliz, a enviar-lhe os parabéns, pelo facto de ele ter cumprido os objectivos desta sua reencarnação, ter terminado o seu trabalho nesta existência terrena. Dei por mim, a sentir enorme ternura por aquele homem, que só conheci dos écrãns, e agradeci a Deus a oportunidade que tive de conhecer o “Toni”, e de tantas vezes ter descomprimido do “stress” da vida com as suas piadas. Pedi a Deus, que os bons Espíritos o possam auxiliar nesta “passagem para a outra margem” da vida, na certeza de que em breve estará a contribuir para o bem-estar e alegria dos familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos, que encontrará no mundo espiritual, neste novo interregno, até que volte, de novo, à Terra para nova existência corporal.

“Nascer, morrer, renascer ainda,
progredir sem cessar, tal é a Lei”

Envolto naquela sensação de profundo bem-estar e carinho, que fluíam de mim cada vez que relembrava o “Toni”, seria ingratidão minha não agradecer a Deus, a oportunidade que tive em conhecer a Filosofia Espírita (ou Espiritismo), que me permite, hoje, vivenciar a “morte” como facto natural da vida, e já não ter uma visão materialista da mesma.
Para os materialistas, a desencarnação afigura-se como perda irremediável, grande injustiça, desgraça irreparável.
Para nós, espíritas, a desencarnação afigura-se como acto normal da vida, mudança natural de “casa”, na certeza imorredoura de que a morte é uma quimera, evidenciada que está, à saciedade, a imortalidade do Espírito.
“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a Lei”, frase esculpida no túmulo de Allan Kardec, reflecte bem o pensamento da Doutrina Espírita (ciência, filosofia e moral).
Hoje em dia, a imortalidade já não é uma crença, mas sim uma evidência científica, de tal modo aos nossos olhos, que causa espanto como ainda não se tornou alvo da atenção de toda a gente.
“As grandes verdades começam por ser grandes blasfémias”, referia um pensador antigo.
Quanto a ti, “Toni”, que possas continuar, no mundo espiritual a ser o paradigma da alegria, da boa disposição.

Até já...
Artigos diversos
julho 30, 2010
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Comentários

  1. TONÍ-a morte é uma mudança de vestimenta.A alma que estava vestida de sombra vai ser vestida de luz...
    enviu-te um pensamento de amor!!!.

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  2. PUBLICADO POR ANA MARIA MENDES

    TONÍ-A ALMA TEM SEDE DO ABSOLUTO E O ABSOLUTO NÃO É DESTE MUNDO

    PENSAMENTO DE AMOR

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  3. Olá amigo Lucas

    A sua intervenção também é uma sentida prece. Em resposta à sua prece eu só posso dizer:

    Assim seja

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