A criança que não comia...




O dia normal de trabalho corria célere, por entre os muitos afazeres do quotidiano. Entretanto, toca o meu telemóvel e, vejo que se trata de uma amiga, professora e espírita. Não é usual telefonar-me. Atendi a chamada. O caso era estranho, insólito e, explicava-se em poucas palavras. Pedia-me desculpa pelo incómodo, principalmente por ser em horário laboral, mas era urgente. Segui a história com atenção.

Uma sua amiga, enfermeira num Hospital da região centro de Portugal, telefonara-lhe muito aflita.
Sabendo-a espírita e, tendo internada no serviço de pediatria, uma criança com 3 anos de idade que não comia nada há 9 dias, sem que os médicos conseguissem descortinar um diagnóstico, a referida enfermeira, questionava a sua amiga, professora de profissão e espírita nas horas vagas, se não haveria hipótese de ir ao Hospital ver a criança. Os pais, pouco habituados a estas andanças, não se importavam, só queriam que a filha comesse e tivesse alta.
Após o telefonema e contactado outro amigo nosso, também espírita, combinámos uma determinada hora e, lá fomos ao Hospital, visitar a criança de 3 anos de idade que, entubada, ali estava junto dos pais. Olhavam estranhamente para nós, como se fossemos seres de outro planeta. Depressa se aperceberam que, éramos gente normal, com as suas famílias e afazeres profissionais e, que nas horas vagas, nos dedicamos gratuitamente ao estudo e prática do espiritismo, em prol do bem-estar alheio.
Conversando um pouco com a mãe, na presença da enfermeira que nos facultara a entrada como se fossemos visitas da criança a convite dos pais, (e de facto assim fora), um de nós, tendo mediunidade, apercebeu-se de uma senhora idosa, falecida, ligada à mãe e à criança, provocando inadvertidamente, a falta de apetite na criança. Era uma senhora simples, mas revoltada, que tinha medo de ir para o inferno, segundo dizia psiquicamente ao médium que a captou, habituada que fora a esses conceitos distorcidos apreendidos na Igreja Católica. Lá fomos conversando com ela, muito discretamente, sem que ninguém se apercebesse da real situação.
Na associação espírita onde colaboramos, pedimos ajuda espiritual para aquele caso, no sentido de auxiliar a senhora falecida e, assim libertar a criança daquela interferência espiritual, que lhe provocava inibição ao nível da alimentação.
Voltámos ao Hospital 2 dias depois, encontrando a criança muito melhor, mais calma.
Nesse dia, foi transferida para Lisboa, para o Hospital D. Estefânia, já que nada tendo sido detectado, ter-se-ia de procurar outras etiologias para o caso. Chegada ao Hospital lisboeta, a criança começou a pedir comida (não comia há 11 dias) aos pais, esfomeada, tendo-se confirmado através de endoscopia, que nada tinha, em termos de doença.
Explicações? Não existiam, mas também que importava? A criança já estava boa, já comia, podia voltar para casa…

O estudo da Doutrina Espírita (ou Espiritismo), provocará
uma grande revolução ético-moral na humanidade, levando-a
por caminhos mais fraternos, desinteressados e mais humanistas,
pondo em prática os ensinamentos de Jesus de Nazaré.

E assim foi…
Os pais, nunca mais os vimos… nem era preciso, claro!
Mas, ficamos a meditar como irá ser tão profunda a medicina, quando todos os médicos forem conhecedores das realidades do Espírito, que a óptica materialista os impede de ver. Quando os médicos souberem que somos seres imortais, que temos muitas vidas, que existe um intercâmbio dinâmico entre o mundo terreno e o mundo espiritual e, que as doenças são muitas vezes fruto de acções da pessoa em vidas passadas, então terão outras ferramentas para compreenderem e entenderem o ser humano, na sua vertente holística, integral. Felizmente já existem muitos médicos espíritas em Portugal e pelos vistos… enfermeiros…
O estudo da Doutrina Espírita (ou Espiritismo), provocará uma grande revolução ético-moral na humanidade levando-a por caminhos mais fraternos, desinteressados e mais humanistas, pondo em prática os ensinamentos de Jesus de Nazaré.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Portugal, 2009

Artigos diversos
dezembro 16, 2009
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